terça-feira, 20 de outubro de 2009

Não jogo nada

De há umas semanas para cá tenho divido as minhas semanas entre os dias em que vou ao ginásio e os dias em que ando dorida do ginásio.
Logo eu, que tenho horrores a correr, a não ser em perseguição, por um cão muito ruinzinho e com os dentes de fora.
Agora pago, entre outras coisas, para correr.

Lembro-me dos meus tempos de escola, há relativamente pouco tempo, em como o "aquecimento" se limitava a 3 voltas ao campo. Sempre dava para cortar nas curvas. Agora é às meias horas seguidas. E não é fácil.

Além de ter descoberto que afinal a matéria prima que me compõe é o chumbo, cheguei à conclusão (porque me foi dito pelo senhor que tem licenciatura sobre o assunto) que não sei correr.

Que não sabia andar já me tinha sido comunicado, por um médico, quando era criança. O senhor dotor fez uma pequena escavação num osso e compôs a coisa de uma vez por todas.

Mas agora parece que não sei correr. Vou muito depressa e acelero demasiado as pulsações. Vou devagar e assim não acelero as pulsações. Desacelero, por estar a cuspir sangue das goelas, e tenho de manter o ritmo. Porque tenho de me concentrar na respiração. Porque me concentro na respiração e dou passos muito pequenos, ou me concentro nos passos e fico mui ofegante. Já para não falar na cor a aparecer na face (ai, como gostava de corar de verde...).

Não bastando, piso com força demais!! Sim, isso mesmo, piso com força demais. é por causa do tal chumbo. E isso cansa a dobrar. E não há médico que me resolva o assunto.
Ora, como não consigo aperfeiçoar a minha técnica atabalhoada de correr, sugiro continuar a pisar com força, mas durante menos tempo. Ninguém me liga.

Ao fim de meia hora e de utilização de todas as possíveis técnicas de evasão à corrida, lá chega a parte boa: a de não correr. E depois é uma hora de cabeça limpa.

A aula acaba. Matei-me a correr, mas dormi como uma pedra.

2 comentários:

Mono disse...

Run rabbit, run

A Côca disse...

sempre era um incentivo