Depois de mais de uma semana engripada/constipada/doentinha/tossilenta, chego à conclusão que há algo que lamento: não saber escarrar. Pelo menos voluntariamente. Logo eu, que arroto que nem um Simpson.
Consigo puxar a merda e juntá-la toda num cantinho, mas o passo seguinte, o de deitar a mistela cá para fora, é que é o raio.
Bem tento, bem faço força, bem me cuspo toda, mas nada sai. É que é um bocado nojento. Mas faz bem. E se eu soubesse escarrar como deve de ser, já não estava fanhosa como ainda estou, nem andava a tossir a meio das palavras. Já teria meus canais limpos.
Assim, resta-me assoar até não haver amanhã. Porque toda esta nhanha esverdeada (assim se vê como sou do Sporting a valer) tem de sair de dentro de mim e, se não é pelo escarro, é pelo ranho. Então, sai ranho até fazer sangue. O que também chateia, porque não é coisa agradável de se ver. Ora, o escarro seria uma coisa muito mais rápida e eficaz.
[O que me lembra uma amiga, que em tempos tive, que julgo que tinha pavor do lenço, porque era das poucas que andava na escola a fazer bolas de ranho (tipo as bolas de pastilha elástica) com o nariz. E não era coisa pontual. Primeiro achei perícia, depois nojice.]
Mas não, A Côca não sabe escarrar como deve de ser e pronto, aqui anda que nem pode. Até já me ofereceram lições da arte de bem escarrar, mas nada. Também pensei em ver o Titanic, onde a Kate ensina ao Leo como se faz. Mas só de pensar no martírio que seria ver o filme até à parte em que estão a tentar perceber quem atira mais longe, fico melhorzinha. Prefiro ficar na ignorância e poupar-me à tortura.
Lamento não saber escarrar. E isso deixa-me a pensar: "não sabendo escarrar, que posso fazer eu à tromba do João Pereira se me cruzar com ele na Terra?"
É que o escarro era mesmo a melhor opção.
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