Sócio, eu estava concentradíssima e não percebi nada, mas por um punhado de euros, trato da legalização do chinês!!
sexta-feira, 25 de março de 2011
quinta-feira, 17 de março de 2011
No bus II
Porque é que não corri??
Porque odeio correr, sou péssima a sprintar e estava de saltos. Eu bem o vi, com as anteninhas no ar, a piscar em frente à paragem. Mas ainda tinha uns 100m pela frente e uma passadeira para atravessar. Era o 103. E sempre posso ir no 4, pensei.
Chego à paragem, ainda a tentar perceber como é que alguém (licenciado em direito e com relativa "experiência profissional") me pergunta o que é superavit. Devia ter feito como o Aníbal e dizer que era a águia do benfica...
A placa electrónica diz-me que o 103 vai demorar uns largos 20 minutos. Do 4 nem sinal. Rebolo os olhos. Azar do caralho. Um cota metido a hiponga. De sandálias. Sem meias. Com uns sachos maiores que palhetas para violoncelo. Biaaaac. O tempo pára e o 4 continua M.I.A..
A Côquinha estava sem bateria e, há falta de banda sonora, tive de gramar com conversas de telemóvel e adolescentes com o pito aos saltos.
Finalmente o 103! Uma boa meia hora depois. O 4 morreu.
Sento-me no primeiro banco que apanho e gramo com o relato do benfica. Não há molesto. Mas, e se houvesse?? Não inventaram já o auricular??? O motorista agora é o dono do autocarro??
Mais uns minutos e viria a confirmar que sim.
Pára umas paragens à frente. O telemóvel toca. Ele atende. A malta vai entrando. Ele vai conversando. A malta entra. Ele fecha a porta e continua a conversar. Mais malta chega e bate à porta e ele, ainda na conversa, abre a porta. Saca de uma caneta e começa rascunhar. Já com tudo sentado, à espera. Arranca e, dois metros à frente, o sinal fica vermelho...
Segue viagem com um olho e meio no telemóvel e mais meio no retrovisor, enquanto se queixa que não metem o 103 em carvão. Percebi a importância do carvão quando as antenas saltaram, o trólei se foi abaixo e o homem saiu do dito, retorquindo "o que é que eu disse?!".
A malta quer descer e o gajo pára. Boa altura para fazer o euromilhões, pensou ele. E fez! E a malta sentada, à espera. Faço um stumble mental e calha quando, horas antes, alguém do trabalho (licenciado em Direito...vale o que vale...), dada a minha sugestão de ler Memória das minhas putas tristes ou, ironicamente, o livro do azul marinho pinto, respondeu, quanto ao segundo, "é bem melhor", assegurando não ter lido o primeiro. Rebolo os olhos, mas desta vez termino o giro no meus pés.
Nunca tinha visto um trólei a descair numa estrada aparentemente plana. Mas era o euromilhões. E o 103 descaiu. Lá acorda para a vida e siga pa bingo.
Chego a casa, uma hora depois de ter chegado à paragem de autocarro. A correr bem, teriam sido uns agradáveis 10 minutos desfrutando das paisagens da cidade.
Mas escolhi não correr.
Porque odeio correr, sou péssima a sprintar e estava de saltos. Eu bem o vi, com as anteninhas no ar, a piscar em frente à paragem. Mas ainda tinha uns 100m pela frente e uma passadeira para atravessar. Era o 103. E sempre posso ir no 4, pensei.
Chego à paragem, ainda a tentar perceber como é que alguém (licenciado em direito e com relativa "experiência profissional") me pergunta o que é superavit. Devia ter feito como o Aníbal e dizer que era a águia do benfica...
A placa electrónica diz-me que o 103 vai demorar uns largos 20 minutos. Do 4 nem sinal. Rebolo os olhos. Azar do caralho. Um cota metido a hiponga. De sandálias. Sem meias. Com uns sachos maiores que palhetas para violoncelo. Biaaaac. O tempo pára e o 4 continua M.I.A..
A Côquinha estava sem bateria e, há falta de banda sonora, tive de gramar com conversas de telemóvel e adolescentes com o pito aos saltos.
Finalmente o 103! Uma boa meia hora depois. O 4 morreu.
Sento-me no primeiro banco que apanho e gramo com o relato do benfica. Não há molesto. Mas, e se houvesse?? Não inventaram já o auricular??? O motorista agora é o dono do autocarro??
Mais uns minutos e viria a confirmar que sim.
Pára umas paragens à frente. O telemóvel toca. Ele atende. A malta vai entrando. Ele vai conversando. A malta entra. Ele fecha a porta e continua a conversar. Mais malta chega e bate à porta e ele, ainda na conversa, abre a porta. Saca de uma caneta e começa rascunhar. Já com tudo sentado, à espera. Arranca e, dois metros à frente, o sinal fica vermelho...
Segue viagem com um olho e meio no telemóvel e mais meio no retrovisor, enquanto se queixa que não metem o 103 em carvão. Percebi a importância do carvão quando as antenas saltaram, o trólei se foi abaixo e o homem saiu do dito, retorquindo "o que é que eu disse?!".
A malta quer descer e o gajo pára. Boa altura para fazer o euromilhões, pensou ele. E fez! E a malta sentada, à espera. Faço um stumble mental e calha quando, horas antes, alguém do trabalho (licenciado em Direito...vale o que vale...), dada a minha sugestão de ler Memória das minhas putas tristes ou, ironicamente, o livro do azul marinho pinto, respondeu, quanto ao segundo, "é bem melhor", assegurando não ter lido o primeiro. Rebolo os olhos, mas desta vez termino o giro no meus pés.
Nunca tinha visto um trólei a descair numa estrada aparentemente plana. Mas era o euromilhões. E o 103 descaiu. Lá acorda para a vida e siga pa bingo.
Chego a casa, uma hora depois de ter chegado à paragem de autocarro. A correr bem, teriam sido uns agradáveis 10 minutos desfrutando das paisagens da cidade.
Mas escolhi não correr.
terça-feira, 1 de março de 2011
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