Numa semana passei de viver num T1 com uns 3 ou 4 anos de construção para viver numa caixa cujo teto falso da sala/cozinha ruiu (que lindo é o sol a entrar pelas ranhuras das telhas e a bater directamente na mesa...)- isto em plana brisa polar - para, uma vez reposto o teto, ter de conviver à traição com mais um ser respirante neste pequeno lar.
Desconfiei da sua presença há umas madrugadas. O cabrão andou a cheirar por trás da porta da sala/cozinha e eu dei conta. Podia ser sono, mas tranquei a porta, não fosse o diabo tecê-las.
Volto no dia seguinte e o marmanjo mamou-me quase meia maçã!! Ficou perdida no balcão da cozinha. Pumba!! Os dentinhos de rodeor marcados nas bordas...toca a fechar a porta. Da cozinha, onde tenho as tatinhas, as lachinhas, os chinclates...
Parece que o bicho só se assusta com luz e feromona. Nem Lolita, a implacável do mundo felino (MUITO AGRESSIVA!!!) o impressiona. Lolita tá nem aí para o animal que a esta hora já devia estar esventrado e sem cabeça ao fundo da minha cama, em tom de presente. Ao invés, ressona que nem uma porca em cima da manta fufinha aos meus pés (ao menos aquece).
Hoje deixei-lhe outra maçã. Maior. Mesmo no meio do chão da sala. Não quero que me ande a fuçar os armários. Já o ouvi a dar umas trincas, o cabrão.
De meia em meia hora gosta de mostrar que ainda domina. E domina. Ele ficou com a sala/cozinha e eu reduzida ao quarto e wc. E apeteciam-me tanto aquelas mega bolachas de chocolate com pepitas de chocolate que estão guardadas no armário...
Não posso arriscar uma fuga roedora para o meu quarto. Antes fome que sono!!!
Lá anda ele a mexer em sacos. Será que com o tempo pode evoluir e aprender a abrir portas? Deixei a chave no trinco para ser mais difícil. E se rói a porta?? Vou trancar a do quarto para para lhe aumentar o desafio.
Felizmente, amanhã é sexta-feira e cheira-me que tudo será melhor. Pelo menos o factor veneno fará parte da equação. Muito veneno. Ou outro produto desinfestante.
2 comentários:
Tadinho do roedor. Tem uma conversa com ele.
A conversa vai ser entre ele e a ratoeira. Afinal não comeu a maçã. Mas ouvi-o roer. Cheira-me que mamou as bolachas...
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